Mais um vazamento de gás tóxico assusta a população de Catalão, cidade da região sudeste goiano, localizada a 279 quilômetros de Goiânia. Desta vez foi de amônia, no último dia 22, uma semana antes, foi anídrico, na expansão da área de mineração da Anglo American, quando 26 pessoas foram hospitalizadas. O Corpo de Bombeiros da cidade foi acionado, por volta de 7h30 de ontem (30), para atender a ocorrência considerada de grandes proporções, de vazamento de amônia, na Cooperativa Agropecuária de Catalão (Coacal), que fica na Rua Moisés Santana, no Bairro São João, próximo à região central da cidade.
Os homens do Corpo de Bombeiros, considerando que a substância é altamente tóxica, determinaram o isolamento de mais de uma quadra. O trabalho, de acordo com testemunhas, foi intenso e durou mais de duas horas. Para conter o vazamento, foi preciso usar equipamentos de segurança para evitar a intoxicação. Os funcionários, de acordo com pessoas ligadas à diretoria da Coacal, não souberam informar como o vazamento começou e nenhum deles foi intoxicado pelo gás amoníaco, que é utilizado pela cooperativa para refrigerar as câmaras de armazenamento de produtos.
Quatro funcionários de uma padaria da região se sentiram mal e tiveram que ser encaminhados ao Pronto Socorro da Santa Casa de Catalão para atendimento médico. O tenente Rocha do 10º Batalhão de Bombeiro Militar, informou que, quando chegaram ao local, os funcionários da Coacal já haviam realizado uma intervenção primária e os soldados dos bombeiros terminaram de conter o vazamento. Mesmo com as medidas de socorro, o odor deve permanecer na região por algum tempo.
Segundo informações de técnicos, a amônia, gás muito usado em ciclos de compressão (refrigeração) devido ao seu elevado calor de vaporização e temperatura crítica. Também é utilizado em processos de absorção em combinação com a água, capaz de provocar fumaça sufocante, e quando exposta a humanos, pode causar diversos problemas de saúde. A exposição a doses altamente concentradas do gás pode levar à morte.
Técnicos da área lembram que autoridades sanitárias e de segurança da cidade, por diversas vezes, “exigiram” a mudança de local da cooperativa, que funciona há 47 anos próximo ao centro da cidade. Moradores nas proximidades da Coacal se dizem apreensivos. “Essa não é a primeira vez que acontece esse vazamento, o que representa falta de respeito e de compromisso da cooperativa para com a comunidade”.
No portal da empresa na internet não havia, até por volta de 16h de ontem, qualquer nota da diretoria explicando o ocorrido. A reportagem do Diário da Manhã tentou, por telefone, entrar em contato com a diretoria ou com a assessoria da Coacal, no entanto não obteve resultados, uma vez que as ligações não foram atendidas.
Tanques Velhos
O Diário da Manhã, que esteve na cidade na semana anterior, estranhou a localização da Coacal e também as condições em que se encontram os tanques de armazenamento. A cooperativa, segundo informações extraoficiais, conta, atualmente, com mais de 2.700 colaboradores, entre funcionários e fornecedores de leite oriundos de 10 municípios da região, além de receber, mensalmente, cerca de 1.8 milhões de litros de leite usados na fabricação de produtos lácteos com marca própria. As residências próximas da unidade foram afetadas e, com o forte cheiro, teve gente que saiu desesperada de casa por causa da asfixia provocada pela inalação do produto.
A proprietária de uma pensão, localizada na Rua Wagner Estelita Campos próximo à Coacal, declarou que, com a falta de ar causada pelo odor, quase não teve força para chamar um cliente que dormia na pensão. Dona Argentina, que há sete anos reside no local, disse ser a terceira vez que esse tipo de vazamento acontece. “Os comerciantes e moradores da região vivem com medo e esperam há anos pela transferência da cooperativa para o distrito industrial (Dimic)”, declarou.
Prefeitura vai investigar
No final da tarde de ontem, a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Catalão divulgou nota informando que a Secretaria de Meio Ambiente (Semmac), tão logo foi comunicada do acidente, enviou uma equipe de técnicos à sede da Cooperativa Agropecuária de Catalão (Coacal) para investigar o vazamento da amônia que contaminou o ar do Bairro São João. Engenheiros químicos e fiscais da prefeitura detectaram que os índices do gás estavam muito acima do tolerável e providenciaram o isolamento da área. De acordo com Marcus Vinícius Fernandes, engenheiro químico da Semmac, os níveis de amônia estavam em 76 ppm (partes por milhão), quando o tolerado é de até 20 ppm.
O acidente foi causado pelo dano na junta do compressor de um dos três tanques da cooperativa. Foi preciso fechar uma válvula para estancar o vazamento.
A Semmac solicitou à Coacal a cópia do plano de manutenção dos equipamentos do circuito de refrigeração do leite. Um engenheiro contratado pela cooperativa realizará uma inspeção no local para descobrir as causas do acidente e detectar se foi causado por imperícia, imprudência ou erro de projeto. A partir do laudo, a Semmac tomará as providências cabíveis quanto à notificação da cooperativa.
Matéria do Diário da Manhã, de Goiânia (GO).
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Os homens do Corpo de Bombeiros, considerando que a substância é altamente tóxica, determinaram o isolamento de mais de uma quadra. O trabalho, de acordo com testemunhas, foi intenso e durou mais de duas horas. Para conter o vazamento, foi preciso usar equipamentos de segurança para evitar a intoxicação. Os funcionários, de acordo com pessoas ligadas à diretoria da Coacal, não souberam informar como o vazamento começou e nenhum deles foi intoxicado pelo gás amoníaco, que é utilizado pela cooperativa para refrigerar as câmaras de armazenamento de produtos.
Quatro funcionários de uma padaria da região se sentiram mal e tiveram que ser encaminhados ao Pronto Socorro da Santa Casa de Catalão para atendimento médico. O tenente Rocha do 10º Batalhão de Bombeiro Militar, informou que, quando chegaram ao local, os funcionários da Coacal já haviam realizado uma intervenção primária e os soldados dos bombeiros terminaram de conter o vazamento. Mesmo com as medidas de socorro, o odor deve permanecer na região por algum tempo.
Segundo informações de técnicos, a amônia, gás muito usado em ciclos de compressão (refrigeração) devido ao seu elevado calor de vaporização e temperatura crítica. Também é utilizado em processos de absorção em combinação com a água, capaz de provocar fumaça sufocante, e quando exposta a humanos, pode causar diversos problemas de saúde. A exposição a doses altamente concentradas do gás pode levar à morte.
Técnicos da área lembram que autoridades sanitárias e de segurança da cidade, por diversas vezes, “exigiram” a mudança de local da cooperativa, que funciona há 47 anos próximo ao centro da cidade. Moradores nas proximidades da Coacal se dizem apreensivos. “Essa não é a primeira vez que acontece esse vazamento, o que representa falta de respeito e de compromisso da cooperativa para com a comunidade”.
No portal da empresa na internet não havia, até por volta de 16h de ontem, qualquer nota da diretoria explicando o ocorrido. A reportagem do Diário da Manhã tentou, por telefone, entrar em contato com a diretoria ou com a assessoria da Coacal, no entanto não obteve resultados, uma vez que as ligações não foram atendidas.
Tanques Velhos
O Diário da Manhã, que esteve na cidade na semana anterior, estranhou a localização da Coacal e também as condições em que se encontram os tanques de armazenamento. A cooperativa, segundo informações extraoficiais, conta, atualmente, com mais de 2.700 colaboradores, entre funcionários e fornecedores de leite oriundos de 10 municípios da região, além de receber, mensalmente, cerca de 1.8 milhões de litros de leite usados na fabricação de produtos lácteos com marca própria. As residências próximas da unidade foram afetadas e, com o forte cheiro, teve gente que saiu desesperada de casa por causa da asfixia provocada pela inalação do produto.
A proprietária de uma pensão, localizada na Rua Wagner Estelita Campos próximo à Coacal, declarou que, com a falta de ar causada pelo odor, quase não teve força para chamar um cliente que dormia na pensão. Dona Argentina, que há sete anos reside no local, disse ser a terceira vez que esse tipo de vazamento acontece. “Os comerciantes e moradores da região vivem com medo e esperam há anos pela transferência da cooperativa para o distrito industrial (Dimic)”, declarou.
Prefeitura vai investigar
No final da tarde de ontem, a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Catalão divulgou nota informando que a Secretaria de Meio Ambiente (Semmac), tão logo foi comunicada do acidente, enviou uma equipe de técnicos à sede da Cooperativa Agropecuária de Catalão (Coacal) para investigar o vazamento da amônia que contaminou o ar do Bairro São João. Engenheiros químicos e fiscais da prefeitura detectaram que os índices do gás estavam muito acima do tolerável e providenciaram o isolamento da área. De acordo com Marcus Vinícius Fernandes, engenheiro químico da Semmac, os níveis de amônia estavam em 76 ppm (partes por milhão), quando o tolerado é de até 20 ppm.
O acidente foi causado pelo dano na junta do compressor de um dos três tanques da cooperativa. Foi preciso fechar uma válvula para estancar o vazamento.
A Semmac solicitou à Coacal a cópia do plano de manutenção dos equipamentos do circuito de refrigeração do leite. Um engenheiro contratado pela cooperativa realizará uma inspeção no local para descobrir as causas do acidente e detectar se foi causado por imperícia, imprudência ou erro de projeto. A partir do laudo, a Semmac tomará as providências cabíveis quanto à notificação da cooperativa.
Matéria do Diário da Manhã, de Goiânia (GO).
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