por Paulo Negrão
O deslizamento de parte do maciço do aterro sanitário de Itaquaquecetuba ocorrido ontem (25/04) expõe os riscos associados a aterros com controles precários de engenharia.
A estabilidade dos maciços de aterros sanitários é um grande desafio para os profissionais de geotecnia. Aterros são estruturas dinâmicas, que sofrem esforços da massa de solo, pressões dos gases gerados pela decomposição dos resíduos e tensões neutras em função do acumulo de chorume.
Os recalques diferenciais aos quais os aterros sanitários estão sujeitos, impõem um grande desafio ao perfeito funcionamento dos sistemas tradicionais de drenagem de chorume e alívio das pressões de gases (predominantemente o gás metano CH4). O resultado, em muitos casos, é o acumulo de bolsões de chorume (aumento da tensão neutra) e bolsões de pressão de gases no interior dos maciços, podendo comprometer a estabilidade da estrutura.
Infelizmente, deslizamentos como os de ontem, agora no aterro de Itaquaquecetuba, fazem parte da história recente das obras de geotecnia do Brasil. Problemas recorrentes são um grande indício de situações cronicas que precisam ser revistas.
Controlar o nível de chorume dos aterros e gerenciar os gases gerados pela decomposição dos residuos são quesitos fundamentais para a estabilidade das centenas de aterros espalhados pelo Brasil.
Espero que o deslizamento do aterro de Itaquaquecetuba sirva, de uma vez por todas, para que os profissionais de geotecnia e meio ambiente do Brasil revisem, com humildade, as práticas atuais dos nossos projetos.
Espero, ainda, que não seja necessário que se repita acidentes com a gravidade do deslizamento do aterro de Cali na Colombia, Manila nas Filipinas, Bumba em Niterói e tantas outras "avalanches de lixo" que envergonham a história da engenharia e do meio ambiente nacional e mundial, para percebermos a gravidade de um problema que pode se repetir em dezenas de aterros espalhados pelo Brasil.
O deslizamento de parte do maciço do aterro sanitário de Itaquaquecetuba ocorrido ontem (25/04) expõe os riscos associados a aterros com controles precários de engenharia.
A estabilidade dos maciços de aterros sanitários é um grande desafio para os profissionais de geotecnia. Aterros são estruturas dinâmicas, que sofrem esforços da massa de solo, pressões dos gases gerados pela decomposição dos resíduos e tensões neutras em função do acumulo de chorume.
Os recalques diferenciais aos quais os aterros sanitários estão sujeitos, impõem um grande desafio ao perfeito funcionamento dos sistemas tradicionais de drenagem de chorume e alívio das pressões de gases (predominantemente o gás metano CH4). O resultado, em muitos casos, é o acumulo de bolsões de chorume (aumento da tensão neutra) e bolsões de pressão de gases no interior dos maciços, podendo comprometer a estabilidade da estrutura.
Infelizmente, deslizamentos como os de ontem, agora no aterro de Itaquaquecetuba, fazem parte da história recente das obras de geotecnia do Brasil. Problemas recorrentes são um grande indício de situações cronicas que precisam ser revistas.
Controlar o nível de chorume dos aterros e gerenciar os gases gerados pela decomposição dos residuos são quesitos fundamentais para a estabilidade das centenas de aterros espalhados pelo Brasil.
Espero que o deslizamento do aterro de Itaquaquecetuba sirva, de uma vez por todas, para que os profissionais de geotecnia e meio ambiente do Brasil revisem, com humildade, as práticas atuais dos nossos projetos.
Espero, ainda, que não seja necessário que se repita acidentes com a gravidade do deslizamento do aterro de Cali na Colombia, Manila nas Filipinas, Bumba em Niterói e tantas outras "avalanches de lixo" que envergonham a história da engenharia e do meio ambiente nacional e mundial, para percebermos a gravidade de um problema que pode se repetir em dezenas de aterros espalhados pelo Brasil.