A temperatura é o parâmetro mais importante para a medição de O.D. Confira se está tudo de acordo, pois isso pode sabotar seus dados de duas formas diferentes. Primeiramente, com o aumento ou diminuição da atividade molecular, a difusão de oxigênio através da membrana de um sensor eletroquímico ou através de um sensor óptico, sofre mudanças de acordo com a temperatura. Sendo assim, caso a temperatura caia, a porcentagem de O.D. será menor mesmo que a saturação da água não tenha sofrido modificações. Para corrigir isto, é necessário adicionar um termistor ao circuito dos equipamentos analógicos. No caso de equipamentos digitais e mais novos, o software compensa as mudanças de temperatura através de algoritmos e utilizando as leituras do termistor da própria sonda.
Além disso, a mudança de temperatura afeta a capacidade da água de dissolver oxigênio. Sob as mesmas condições de pressão atmosférica, a concentração de O.D. em água mais quente é menor do que em água fria, mesmo que a porcentagem de saturação seja 100% nos dois casos. Desta forma, se faz necessário determinar o O.D. através de cálculo baseado na temperatura e salinidade da amostra utilizando a Tabela de Solubilidade de Oxigênio. Isto não é necessário no caso de equipamentos mais novos e digitais, que compensam automaticamente as diferenças de temperatura.
Outro parâmetro extremamente importante é a salinidade. Quanto maior a salinidade da amostra de água, menor é o valor de O.D, ou seja, são valores inversamente proporcionais. Desta forma, a salinidade (junto com a temperatura) deve ser considerada no cálculo da concentração de O.D. (mg/L). Utiliza-se a porcentagem de saturação, a temperatura e o valor da salinidade para fazer o cálculo fornecido pelo Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater.
Se o seu equipamento também medir a condutividade, você também pode utilizar este valor como salinidade. Neste caso, é muito importante verificar se o sensor de condutividade está calibrado e funcionando bem para obter dados corretos. Porém se este não for o caso do seu equipamento, você deverá inserir manualmente o valor médio da salinidade de acordo com o tipo de água que você está trabalhando.
É sabido que a pressão atmosférica altera a quantidade de oxigênio no ar e também da água. Porém, este efeito é mitigado com a calibração apropriada do sensor. A YSI recomenda calibração diária (autoverificação) do seu equipamento, ou pelo menos, uma rápida verificação se a leitura está variando entre +/-2% ou +/-1% (dependendo da tecnologia do sensor) do valor que deveria estar mostrando.
Por último, temos a dependência de fluxo da água: Se estiver utilizando sensores eletroquímicos (polarográfico ou galvânico), você deve estar ciente de que eles dependem do fluxo da água para realizar medições corretas, ou então os valores de O.D. serão muito baixos. Isto ocorre porque estes tipos de sensores “consomem” oxigênio, o que não acontece com sensores óticos, utilizado em sondas como a ProSolo, ProDSS e EXO da YSI.
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